POESIA GOIANA
Coordenação de SALOMÃO SOUSA
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EURÍPEDES LEÔNCIO CARNEIRO
( Brasília, Distrito Federal, Brasil )
(Professor Leôncio) Possui um currículo invejável, tanto pela formação acadêmica, em cujos cursos se sobressaiu, quanto pela experiência e dedicação às atividades de sua formação. É formado em Letras Vernáculas pela PUC- GOIÁS; Bacharel em Direito pela Universidade do Distrito Federal - UNIDF; Jornalista; Escritor membro da Academia de Letras do Distrito Federal e União Brasileira de Escritores UBE-Goiás e AGI; Conferencista;
Autor dos livros: Dez Momentos para o Amor, Curso Moderno de Literatura e Todos os Momentos para o Amor. A experiência perpassa por um caminho diversificado e dedicado à literatura, à docência e à política. Dessa forma, ainda muito jovem, na década de 60, iniciou seu ofício de escritor:
Autor de centenas de artigos, ensaios e críticas literárias em vários jornais e revistas; Foi redator Chefe do Jornal O Estado em Goiânia, no período da Ditadura Militar; Orador e Líder Estudantil nessa mesma década. Em 1967 assinou o jornal O Municipal , como diretor de oratória. Possui vários poemas publicados em diversas antologias poéticas, escreveu inúmeros prefácios para livros e é mencionado em dicionários literários. Sua vida foi uma maratona, pois, percorria por vários colégios e Cursinhos ministrando suas aulas.
Em Brasília: Pré-Universitário; Em Goiânia: Instituto Rio Branco; Curso Mackenzie; Instituto Dom Abel; Curso César Lattes; Colégio e Curso Carlos Chagas; Curso Método; Colégio Pré-Médico; Colégio e Curso Objetivo; Em Anápolis: Colégio e Curso Einstein; Colégio e Curso Objetivo; Em Cuiabá: Curso Prés de Cuiabá, por mais de duas décadas. Paralelamente às atividades de Professor coordenou cursos de Comunicação, Oratória, Redação, Literatura, Concursos de Poesias falada e escrita, além de cursos de Interpretação de Textos.
Ocupou vários cargos públicos por três décadas consecutivas, em Goiás e Distrito Federal: Em Goiás foi vereador em Goiânia; Suplente de Deputado Estadual; Diretor-Financeiro da Associação Goiânia dos Municípios; Secretário de Governo da Prefeitura de Goiânia e Superintendente de Direitos Humanos da Secretaria de Justiça. Atualmente, exerce a função de Diretor Administrativo da Câmara Municipal de Goiânia, onde implantou uma nova política cultural e educativa. No Distrito Federal - foi Administrador de Brasília, Samambaia, Águas Claras e do Setor de Indústria e abastecimento (SAI); Membro efetivo do Conselho Fiscal do BRB; Chefe de Orçamento, Finanças e Contabilidade da Câmara Legislativa; Secretário-Adjunto do Governo do Distrito Federal e Assessor Técnico no Senado. Coordenou várias campanhas políticas vitoriosas em Goiás e em Brasília nas duas últimas décadas, além de prestar assessorias e consultorias políticas a diversos prefeitos, deputados, senadores e governadores. Em reconhecimento a todos os feitos foi homenageado com o Título de Cidadão Honorário do Distrito Federal; Foi agraciado com as principais medalhas e diplomas do Governo, das Instituições Civis e de Segurança Pública do Distrito Federal. No entanto, dada à sensibilidade e ao valor da poesia em sua vida, a maior das homenagens recebidas por ele foi a carta de Carlos Drummond de Andrade, em que o poeta elogia e incentiva esse magnífico escritor goiano que é o Professor Leôncio.
Informações coletadas do Lattes em 26/06/2020/ESCAVADOR
VOZES DE AÇO. XXIII Antologia poética de diversos autores. Homenagem à escritora Raquel Naveira. Org. Jean Carlos Gomes. Volta Redonda, RJ: Gráfica Drumond, 2021. 104 p. 15 x 21 cm. ISBN 978-65-86744-31-6
Ex. bibl. Antonio Miranda
INSÔNIA DOS POETAS AMANTES
Todos os pensamentos me levam a ti,
numa explosão de lágrimas que
aliviam a tensão desse momento.
Uma brisa suave traz
à calma poética e ouço as músicas
da minha emoção.
O Silêncio adormecido
em meu peito desperta,
numa ânsia de amar.
Continuo voando...
Essas paredes já não existem
e pela janela vou, em asas de anjo,
carregando a esperança do retorno.
Uma força interior me guia
e choro e rezo e balbucio
solitariamente.
Esse momento não posso dividir,
mas intensamente flutuar,
sem pouso certo,
na insônia dos poetas amantes.
PROCEDIMENTOS DO FAZER E DO AMAR
Todos os dias, esse jeito estranho
de empurrar o corpo
para os procedimentos:
abrir os olhos, apalpar,
colocar os pés no chão, abrir a janela,
pronto! sensação de vida.
Essa contemplação mistura
corpo e alma; terra e céu;
sol, o verde, o ar, as lonjuras infinitas,
onde a esperança move a sobrevida:
carro, ônibus, rua, trabalho, ócio,
fila de espera.
À noite com sua imensa cortina
fecha o horizonte da filtragem
de todos os momentos:
os braços nos abraços da musa
agarram os sonhos para os
procedimentos do amor.
COLETÂNEA VIAGEM PELA ESCRITA.Vol. VIII - Homenagem ao escritor Tanussi Cardoso. Org. de Jean Carlos Drumond. Volta Redonda, RJ: PoetArt Editora, 2021. 104 p. Apresentações por Jean Carlos Gomes, Álvaro Alves de Freitas, Anderson Braga Horta, Antonio Miranda, Ricardo Vieira Lima, José Eduardo Degrazia, Gilberto Mendonça Teles, Cláudia Brino & Vieira Vivo, Carmen Moreno, Christovam de Chevalier.
Ex. bibl. Antonio Miranda
Primeira Colocação na seleção de poemas da Coletânea:
MUSA
A mágica do viver bem
está na poção do amor:
é o gesto, o beijo, o olhar.
A virtude de fazer sempre
compreende a certeza da fé:
o terço, o silêncio, a prece.
Uma lembrança viva
continua o ato de permanecer:
o céu, o mar, murmúrio sensual.
Essa fonte eterna de luz
vai clareando minh´alma inconstante:
o poema, a música, a emoção.
No caminho de volta,
a mensagem que não morre:
musa, eterno amor.
ENTRETANTOS...
DA MUSA AMADA
O minuto da musa-amada
está carregado de entretantos...
só para te ver, o sol se põe
só para ti, um delicioso Bariloche
só, estes desmancham na mesa.
Provocando o seu beijo,
uma taça de morangos
aguarda todo tempo
para testemunhar a permanência
do entardecer em seus braços.
Uma música nostálgica
convida-me ao recolhimento...
são lembranças do seu olhar
que piscava maliciosamente
insinuando hora intermináveis de prazer.
A colher apanha o último morango
e sorveteio a ilusão fria da sua
[anunciada chegada,
emburradamente uma chuva fina
leva-me para um lugar ignorado.
MUSA EXORBITANTE
O sol daquela manhã
queimava a morenez
da musa amada.
meus olhos refletiam
exorbitantemente a cena
que badalava o meu ser.
Tragado pelo fogo do desejo
nadei em círculos resfolegando-me
na tentativa de apagar o incêndio
da sensual chama,
onde brotavam flores perfumadas
naquele jardim suculento.
Retomei os sentidos
e ela estava ali,
exposta sensualmente ao sol:
seios ofegantes apontados
para a busca do perigo,
no sorriso vitorioso
da minha presença.
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Página ampliada e republicada em fevereiro de 2022
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